domingo, 29 de novembro de 2009

2012

Acabo de chegar do cinema, onde assisti a um filme que tem lotado salas de cinemas: 2012. Mais um filme que fala do fim do mundo.
Apesar do contexto nada inspirador, o filme se mostrou surpreendente.
De acordo com o calendário Maia, o fim do mundo está previsto para 2012 - dái vem o nome do filme. Mas, longe de ser apenas mais uma data para se iniciar o apocalipse, esta antiga previsão maia ganha suporte por estudos científicos de várias épocas os quais foram e continuam sendo ignorados por todos. Com exceção de um velho louco...
E, apesar da descoberta de como e quando vão se iniciar as mudanças que ocorreram na terra devido a uma reação física acontecida no sol que provocará a destruição do mundo como o conhecemos, os presidentes dos países entram em acordo de que a população não deve saber disso - afinal, o fim do mundo não é nada de mais, porque preocupar, literalmente, todo o mundo com uma coisa assim???
Bem, o fato é que o velho louco, que citei há pouco, junto a várias evidências de desastres naturais convencem o protagonista Jackson Curtis (ao que parece, um escritor de livros ingênuo que acredita na bondade do ser humano - detalhe: o livro que ele escreveu é sobre o fim do mundo) de que o mundo esta acabando. Então, ele começa uma corrida desesperada para salvar sua vida, a de seus filhos e da ex-mulher que ele ainda ama.
Com efeitos especiais bem feitos e muito bem trabalhados, o filme nos deixa realmente apavorados - quase desistindo de manter a esperança de que tudo terminará bem no final. As cenas dos aviões e das ondas... Não podiam ser mais desesperadoras! 
E, impossível não relacionar, é nítida a semelhança de algumas partes do filme com cenas de outros filme que marcaram como Titanic e Um dia depois de amanhã - nota: o diretor deste e de 2012 é mesmo! - além da pequena inferência a história da Arca de Noé. 
Impressionante como, durante todo o filme, a história é cercada de ironia e crítica.
As cenas de destruição da Casa Branca, da Estátua da Liberdade, do Cristo Redentor, da Capela Sistina e tantos outro monumentos  somados a morte do presidente dos EUA, nos leva a pensar na queda dos poderes que governam o mundo. Em oposição, o fato de só conseguirem entrar nas arcas aqueles que pagaram mais de 1 bilhão de euros, pelo menos, até o senso de humanidade bater nos últimos minutos quando, ou se tenta salvar quem esta ficando ou os deixa morrer.
E, por fim, entendam como quiserem o fato de quem 'salvar' o mundo ser a China, não os EUA. Além da esperança de um futuro estar na África, onde, de acordo com as teorias biológicas, a humanidade começou.
Alguém reconhece a teoria que fala da última cena do filme*???
Pois aí esta a última mensagem deste: vivemos em um ciclo onde tudo termina onde começa ;)



*Obs.: Pangéia - estudos geográficos defendem que a Terra, em um princípio, possuía um único continente, mas, devido a abalos sísmicos, ela tinha se separado. E, atualmente, as placas tectônicas se movimentam, em sentido contrário,  apesar de se acreditar que esse movimento de repulsão tem prazo de validade e que o movimento de atração resultará no reencontro dos continentes.

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